Ele agora anda ocupado em reproduzir tudo à sua volta. Passa horas copiando desenhos, fotos, “modelos vivos”, preocupado com proporções, texturas, semelhanças. Me pediu até papel de seda! Nesses momentos seu mundo de dentro se aquieta e seu olhar se volta para o mundo de fora. O que seria a arte senão traduzir esse olhar de mundos de dentro e de fora e se perguntar a todo instante: Qual é de verdade? O de dentro ou o de fora? É essa dúvida que impulsiona o artista. Porém, se ele encontra respostas, perde, inevitavelmente, a própria essência da arte.
Rosmari Pereira de Oliveira (2010)
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