terça-feira, 2 de agosto de 2011

Conto de Fadas - por Cortés




Vou pegar meu Chapeuzinho Vermelho
Para procurar um Gato de Botas
Achei uma mulher branca de neve
Ela me falou que achou sete anões
Eles me falaram que a Bela Adormecida é inglesa
e mora numa casa comum
Quando acordou, me falou que tinha Três Porquinhos
Uma porquinha se chamava Rapunzel
E outra porquinha se chamava Cinderela
E um porquinho se chamava Pinóquio
Eu vi que um homem e uma mulher deram a luz
 aos Irmãos Grimm
Eu sonhei com o Peter Pan
Tenho um amigo árabe chamado Alladin
Vi um Tarzan na floresta
Na Suécia vi um veadinho chamado Bambi
Eu adotei 101 Dálmatas
Tenho uma amiga Portuguesa chamada Alice
Ela mora no País das Maravilhas
Vi uma bela moça casando com uma fera
Vi uma Pequena Sereia no mar
Tenho um amigo suíço chamado Pocahontas
Tem uma Dama junto a um Vagabundo!
O Leão é o Rei da selva
Eu tenho Os Aristogatas
Conheço uma Elefantinha chamada Dumbo
Eu tenho um amigo russo chamado Kenai
O Irmão dele é um Urso
Cortés, agosto de 2011

Em espanhol:

Cuento de Hadas

Voy a mi Caperucita Roja
Para buscar un gato con botas
Me pareció una mujer blanca en la nieve
Ella me dijo que había encontrado siete enanitos
Me dijeron que la Bella Durmiente es el Inglés
y vive en una casa compartida
Cuando se despertó, me dijo que había tres cerditos
Un cerdo fue nombrado Rapunzel
Y otro cerdo llamado Cinderella
Y un cerdo se llama Pinocho
Vi a un hombre y una mujer dio a luz a los hermanos Grimm
Yo sueño de Peter Pan
Tengo un amigo árabe llamado Alladin
Vi a un Tarzán en la selva
Suecia vio a un cervatillo llamado Bambi
Adopté 101 Dálmatas
Tengo un amiga portugués que se llama Alice
Ella vive en el país de las maravillas
Vi a una mujer joven y bella casada con un animal
Vi una pequeña sirena en el mar
Tengo un amigo suizo llamado Pocahontas
Se une a una dama a Tramp!
El león es el rey de la selva
Tengo La Aristogatas
Yo sé de un elefante llamado Dumbo
Tengo un amigo ruso llamado Kenai
Su hermano es un oso


Em hebraico:

אגדה

אני אביא כיפה אדומה הקטנה שלי
כדי לחפש את החתול במגפיים
מצאתי אישה לבנה בשלג
היא סיפרה לי שהוא מצא ושבעת הגמדים
הם אמרו לי היפהפייה הנרדמת היא אנגלית ומתגורר בבית משותף
כשהתעוררה, אמר לי שיש לו שלושה חזירים קטנים
חזיר נקרא רפונזל
וזה עוד נקרא חזיר סינדרלה
וגם חזיר נקרא פינוקיו
ראיתי איש ואישה ילדה האחים גרים
אני חולם על פיטר פן
יש לי חבר ערבי בשם אלדין
ראיתי טרזן בג'ונגל
בשבדיה ראיתי חום בהיר בשם במבי
אימצתי 101 דלמטים
יש לי חבר בשם אליס פורטוגזית
היא גרה בארץ הפלאות
ראיתי אישה צעירה ויפה הנשואה חיה
ראיתי בת הים הקטנה בים
יש לי חברה שוויצרית בשם פוקהונטס
זה מצטרף ליידי קבצן!
האריה הוא מלך הג'ונגל
יש לי חתולים בצמרת
אני יודע פיל בשם דמבו
יש לי חבר רוסי בשם קינה
אחיו דוב
 

Eu estava numa fase “Pessoa”, lendo compulsivamente dia-e-noite Caieiro, Reis e Campos, então os apresentei ao escritor Matheo. Expliquei para ele que Fernando Pessoa usava heterônimos para escrever seus poemas, como se houvessem vários poetas dentro dele, cada um com seu estilo e seus temas preferidos. Ele saltou para o computador e foi dando luz aos poetinhas que habitam nele. Se apresentaram o chinês Teqian, o grego Patra, o russo Tzinet, o francês Florgu e o argentino Cortés cada um com sua história. O poema “Conto de Fadas” foi escrito pelo argentino Cortés. Conta Matheo que Cortés nasceu em Buenos Aires e aos sete anos começou a se interessar por poesias criativas. Matheo disse também que se inspirou em uma poesia de minha autoria “Brincadeira”. Então Cortés, sob influência do amigo Medusa quis traduzir seu trabalho também para o hebraico...Línguas, poetas, amigos, mães, brincadeiras, contos de fada, terras distantes e Google Translate (tudo junto e misturado!) na liberdade de um caminho de infinitas possibilidades...

Rosmari Pereira de Oliveira 


terça-feira, 26 de julho de 2011

A SOMBRA MISTERIOSA

Era uma vez, na Coreia, uma menina chamada A-yang. Ela sonhava em morar na França e queria ser pintora quando crescer. Sua mãe, Kate, era inglesa e, na infância, sonhava em ir para a Coreia. Um certo dia, ela viu uma sombra bem diferente dela no guarda-roupa e outra sombra do mesmo jeito na janela de casa. Ela ficou com muito medo, mas o medo sumiu quase completamente quando aquela sombra horripilante virou uma linda flor. E depois apareceu um pássaro maravilhoso que espantou o medo. O medo disse:

 - Por favor, para com essas maravilhas, ou eu vou sumir!

Aconteceu o contrário do que o medo pediu. O pássaro lançou, junto com a flor, um monte de água que, ao tocar no céu, virou uma aurora (que é uma luz colorida no céu que se move levemente e rapidamente). Mas o medo se rasgou e ficou mais vivo do que nunca. Mas, felizmente, ele se deletou com a câmera que tinha no teto da casa. O mistério cresceu. De repente, apareceu a sombra de um trovão fino bem lisinho e, na janela, a sombra de um trovão gordo e bem ondulado. A menina jogou uma bola que ninguém usava mais no trovão gordo e ela derreteu. Ela caiu em cima do trovão liso e todos os trovões sumiram. O mistério ficou mais gostosinho. No armário, ela viu um bolinho de morango com uma cereja em cima. Na janela, apareceu um bolo gigante de cereja com uma cereja do tamanho da cabeça de um leão em cima.

- Minha mãe mandou  escolher esse daqui. Mas, como eu sou teimosa, eu vou escolher esse daqui.

 Ela escolheu o bolinho. Ele estava tão gostoso que a menina não recusou comer o bolo gingante. Malucamente, a menina encolheu a barriga cheia como se fosse uma feiticeira. A sombra apareceu de novo nos dois lados. Os dois bolos falaram. O bolo maior comeu o bolo menor. Como se fosse a história da Chapeuzinho Vermelho, a menina pegou uma faca e cortou o bolo de primeira! O bolinho  deu uma beijoca das grandes na menina! A vovó dela ficou doente e ela teve de tomar uma canja que olha só quem fez: o bolinho de morango! E, fim.                 

Matheo Angelo



Aquelas sombras que, infalivelmente, visitam  as crianças, apareceram naquela noite  na janela do seu  quarto. E foram noites e mais   noites segurando a sua mão para que ele pudesse adormecer. Mas chegou finalmente o dia em que elas entraram pelas janelas de sua alma e ressurgiram encantadas  em forma de história e, “malucamente”,  se transformaram nesses mistérios “gostosinhos”...

Rosmari Pereira de Oliveira